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Tag Archives:
ficção científica
Second Variety
Crítica a
Blade Runner 2049
.
Metamorfoses Futuras
Afirmava Northrop Frye, no consagrado
Anatomy of Criticism
, que «Science fiction […] is […] a mode of romance with a strong tendency to myth.». Com esta afirmação procurava sugerir que, na sequência do movimento descendente duma literatura mítica e heróica rumo aos modos realista (ou imitativo baixo) e irónico, se estaria a dar um regresso a formas mais romanescas, não só por uma representação fantasista como – e talvez essencialmente – pelo estatuto elevado, no limite sobre-humano, dos protagonistas. Não há, contudo, meros regressos, pois as condições histórico-sociais são distintas, e talvez justamente por isso a ficção científica é o género eleito por Frye para assumir semelhante papel: aquilo de que deuses e heróis eram capazes pela sua natureza, as personagens da ficção científica são-no por intermédio da tecnologia. Um desses feitos, tão caros à mitologia clássica, é a metamorfose, que igualmente adquiriu relevância contemporânea nesses discursos (nem sempre narrativos, mas em todo o caso informados pela ficção) sobre o «pós-humano» e o «trans-humano». Integrando-se num projecto de investigação intitulado «A Ficção e as Raízes da Cibercultura», este texto pretende olhar mais de perto para alguns exemplos anteriores a essa euforia habitualmente conotada com o movimento
cyberpunk
, e portanto supostamente com início apenas em meados dos anos 80 do século XX. Nessa análise será dada especial atenção aos paralelismos entre as alterações corporais presentes em contos de ficção científica das décadas 30 a 60 e, mesmo que não directamente nela inspirados, a Antiguidade Greco-Latina. Comunicação apresentada no Colóquio Internacional Interdisciplinar «Mitos e Heróis: A Expressão do Imaginário», Braga, Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, 23 de Outubro de 2010, organizada pelo Departamento de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa. Publicado in Ana Paula Pinto et. al. (orgs.),
Mitos e Heróis: A Expressão do Imaginário
, Braga, Publicações da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, 2012, pp. 647-661.
Crises de Identidade
Sob a capa da ficção encontramos concepções da subjectividade que reflectem — ou antecipam — um certo espírito do tempo. Antes de o «
cyborg
» se ter tornado um conceito crítico, e antes ainda de o
cyberpunk
ter explorado possíveis formas de reconfiguração do sujeito através da sua ligação às máquinas, já alguma ficção científica havia preparado esse terreno. Neste artigo, analisam-se alguns desses contos que, nos anos 50 e 60, especulavam sobre o que acontece ao indivíduo quando humano e máquina convergem, aí se destacando três ingredientes para essa reflexão: a memória, o
embodiment
e o reconhecimento. in Jorge Martins Rosa (org.),
Cibercultura e Ficção
, Lisboa, Documenta, 2012, pp. 315-330.
Business as Usual
On the very first PhD on Philip K. Dick, Kim Stanley Robinson classifies the author’s early 60s novels as «Martian». Although one must acknowledge that period as the one in which the red planet appears more often as a setting, Robinson’s thesis does not give many substantial reasons for that epithet, apart from the general claim that «Mars […], is a representation of the America in which Dick wrote the novels, in which certain facets of the society have been augmented, others suppressed.» In this paper, we propose a re-evaluation of that assertion, carefully looking both at the alleged «Martian Novels» and other titles, while also checking — provided that Robinson also said that «dystopia […] is the most common element in all of Dick’s work» — how firmly the dystopian mode is coupled with that typically science-fictional narrative device that is Mars. Comunicação apresentada na 2008 J. Lloyd Eaton Conference: Chronicling Mars (University of California Riverside, Riverside, CA, organização do Special Collections Dept. at the UC Riverside Libraries), a 18 de Maio de 2008. Publicado in Howard Hendrix, George Slusser e Eric S. Rabkin (orgs.),
Visions of Mars: Essays on the Red Planet in Fiction and Science
, Jefferson (NC), McFarland, 2011, pp. 130-138.
A Dois Tempos
Característica-chave do imaginário da cibercultura, a ideia de simbiose entre máquina e humano tem as suas origens no universo da ficção científica. Apesar de contar com algumas décadas de história, é contudo relativamente recente: antecede-a a noção — mais simples — da máquina como algo autónomo, no limite dispensando a própria presença do humano. Concentrar-nos-emos, nesta comunicação, no percurso entre essas duas imagens, quer tomadas como topoi literários quer como elementos integrantes de uma cultura mais vasta. Comunicação apresentada na conferência «Imagem e Pensamento (Lisboa, Auditório do Museu/Colecção Berardo, organização do Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens e do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Univ. do Minho), a 6 de Dezembro de 2007. in Moisés de Lemos Martins, José Bragança de Miranda, Madalena Oliveira e Jacinto Godinho (orgs.),
Imagem e Pensamento
, Coimbra, Grácio Editor, 2011, pp. 99-106.
Porquê Ler o que nunca será um Clássico?
Breve artigo para a revista
Agio
(Edições Artefacto/Sociedade Guilherme Cossoul), n.º 1, Fevereiro de 2011, pp. 101-105.
A Rivalidade da Sombra
Breve artigo para o
Jornal de Letras, Artes e Ideias
de 15 a 18 de Agosto de 2007 sobre o
Second Life
.
A Misreading Gone too Far
It is widely known that Jean Baudrillard, in Simulacres et simulation, acknowledges Philip K. Dick as one of the first to reflect, albeit fictionally, on the concept of “simulacrum”. However, a more detailed analysis of how dickian are Baudrillard’s concepts and theories remains to be done. That is the goal of this article, a task we undertake by distinguishing, on the one hand, the concepts proposed in L’échange symbolique et la mort and Simulacres et simulation, and, on the other, the radical turn inaugurated in Le crime parfait. É sabido que Jean Baudrillard, em Simulacres et simulation, reconhece Philip K. Dick como sendo um dos primeiros a reflectir, ainda que através da ficção, sobre o conceito de “simulacro”. Contudo, uma análise mais pormenorizada a quão dickianos são os conceitos e as teorias de Baudrillard é algo ainda por fazer. É esse o objectivo deste artigo, tarefa a que nos propomos traçando uma distinção entre, por um lado, os conceitos propostos em L’échange symbolique et la mort e Simulacres et simulation, e, por outro, a viragem radical inaugurada em Le crime parfait.
Cold Equations
Ainda que não haja uma forma inequívoca (i. e., algorítimica) de «extrair» o sentido da obra de um autor através de um simples processo de categorização, tal tarefa pode ser em parte levada a cabo num género como o da ficção científica, dado que os seus temas e protocolos constituem um conjunto relativamente estável. Com efeito, já foram várias as tentativas de analisar a SF em geral (ou um autor em particular) a partir de uma classificação dos seus subgéneros ou temas (ou identificando a presença ou ausência desses temas na obra desse autor), mas não existe qualquer consenso, o que talvez se deva à natureza dedutiva ou «de cima para baixo» de tais categorizações. Este artigo propõe, em vez disso, uma abordagem «de baixo para cima», indutiva, abordagem essa que procura combinar a solidez de um ponto de partida quase canónico (as «entradas temáticas da
Encyclopedia of Science Fiction
, ou ao menos um subconjunto relevante dessas entradas) com a flexibilidade que consiste na fusão dessas categorias e na adaptação destas a instências mais específicas. A obra de Philip K. Dick é aqui usada como ilustração desse método. Comunicação apresentada na conferência SFRA’2006, sob o tema «When Genres Collide» (White Plains, Nova Iorque, organização da Science Fiction Research Association), a 23 de Junho de 2006, posteriormente publicado in Thomas J. Morrissey e Oscar de los Santos (orgs.),
When Genres Collide
, Waterbury (CT), Fine Tooth Press, 2007.
Prefácio a Philip K. Dick, O Andróide e o Humano
Prefácio à colectânea de ensaios de Philip K. Dick,
O Andróide e o Humano
, Lisboa, Vega, 2006.
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